"História, nossas histórias, dias de luta, dias de glória"
- Raphael Pinheiro

- 6 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 15 de jul. de 2020
Nascido e criado em São Paulo/SP, posso me considerar um paulistano raiz. Crescer em uma cidade como Sampa significa comer pastel de feira com caldo de cana, sábado no Parque do Ibirapuera, Avenida Paulista, enfim. Mas muito além disso, viver em São Paulo me permitiu observar fenômenos sociais “típicos” de grandes metrópoles sul-americanas como desigualdade social, pobreza, violência, desemprego, preconceito, dentre outros, e assim fui moldando meu senso crítico.
Também por morar há 3 décadas em São Paulo, pude desenvolver um gosto e tanto por viagens. Convenhamos, que delícia é poder viajar! Vou te contar um segredo: antes de me tornar psicólogo, trabalhei na área de Aviação Civil, tendo sido o Aeroporto Internacional de Guarulhos minha segunda casa. Só não poderia imaginar à época que, alguns anos mais tarde, passaria a alçar voo em outros ares...
Durante os anos em que trabalhei com aviação, fiquei responsável por problemas envolvendo bagagem danificada/perdida. Imagine o humor dos meus clientes! Dentre todas as experiências e dificuldades vividas naquele período, pude perceber que havia algo de especial em minha capacidade de manejar passageiros tensos, e essa percepção me acompanhava silenciosamente.
Após alguns anos, passei a me sentir desmotivado com minha área de atuação. Não se tratava das minhas funções dentro do Aeroporto, pois o contato com os passageiros ainda me bastava. O que poderia ser então? Minha postura em um primeiro momento foi negar o que eu sentia, pois me parecia um tanto assustador pensar que havia errado em minha escolha profissional. Investi em pós-graduações e até mesmo estudei no exterior para tentar salvar aquilo que, no meu íntimo, já não tinha mais salvação.
Alguns meses após meu retorno do exterior, comecei a dar ouvidos àquelas sensações acumuladas, àqueles afetos reprimidos e que tanto se manifestavam em mim. Ansiedade, dificuldade para dormir e até alterações de humor surgiram nesse período, e eu precisava fazer algo. Tudo aquilo que sentia me apontava para uma única direção: quero ser psicólogo! Poder dizer aquilo que sentia me libertou, e o resto é história.
Durante esse mergulho na graduação, busquei experimentar diversas áreas de atuação, e percebi o quão importante é a figura do psicólogo em diferentes contextos. Não demorou muito para ter a certeza de que estava no lugar certo. Trabalhar com psicologia mudou minha vida e hoje me considero realizado em minha profissão.
Certo Raphael, mas qual é o seu objetivo com tudo isso? Certamente não é te explicar todos os processos psíquicos envolvidos no meu desejo, ou falar o que Freud tem a dizer sobre isso. Meu objetivo é te mostrar que a vida não se trata de um processo estático, sem movimento, cristalizado, e que assim como a vida se encontra em constante movimento, nós também devemos nos movimentar para acompanhar tais flutuações diárias. Desatar algumas correntes invisíveis (e algumas visíveis) aumentam nossa capacidade de nos adaptarmos ao mundo e de enxergarmos novas possibilidades. E o processo de psicoterapia pode te ajudar em sua caminhada!
Quanto tempo por mês você dedica única e exclusivamente para você? Qual foi a última vez que se sentiu à vontade para desabafar? Quantas vezes se viu vulnerável e incompreendido pelas pessoas ao seu redor? Quantos desejos silenciados você guarda para si?
Seja muito bem-vindo ao seu novo espaço!
Para conhecer mais sobre meu trabalho, clique aqui.
Título: Dias de Luta, Dias de Glória.
Compositores: Alexandre Magno Abrão; Thiago Castanho.
Dias de luta, dias de gloria © Universal Music Publishing Group, Sony/ATV Music Publishing LLC

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