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Psicologia e Esporte: uma combinação de ganhos múltiplos

  • Foto do escritor: Raphael Pinheiro
    Raphael Pinheiro
  • 2 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

A prática de esportes acompanha o ser humano desde a antiguidade, e com o passar dos anos a compreensão do homem sobre seu papel na sociedade foi se modificando a medida em que evoluímos. Modalidades passaram a aceitar atletas negros, atletas com deficiência começaram a ganhar espaço e representatividade, mulheres passaram a praticar atividades esportivas que antes eram exclusivas para homens, etc.


Segundo Tyler (1832-1917), define-se cultura como “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade". Ou seja, esta é uma construção humana, podendo trazer consigo o melhor e o pior que a evolução tem a oferecer.


Assim como não generalizamos fatores culturais para avaliar um indivíduo na clínica, pode-se dizer que cada esporte detém sua cultura específica, e não poderia ser diferente. Como comparar – culturalmente falando – modalidades individuais com coletivas; artes marciais e atletismo. Somam-se às especificidades de cada modalidade o fator individual que são nossas experiências e aprendizados.

Psicologia e esporte


As necessidades atuais de nossa sociedade redirecionaram as atenções humanas para o desenvolvimento da capacidade intelectual, e não por menos, precisamos de boas soluções para os problemas que nos cercam. Passamos a iluminar mais a inteligência, enquanto o físico/corpo foi ficando em “segundo plano” à vide altos índices de sedentarismo, surgimento de doenças crônico-degenerativas, etc.


Se antes dependíamos de um corpo forte o bastante para suportar trabalhos físicos, hoje precisamos de muito preparo mental para lidar com reuniões de equipe, prazos apertados, etc. E com tais mudanças, a psicologia representa uma ferramenta de valor cada vez maior para treinar suas habilidades psicológicas.


Mas voltemos ao que interessa. Estádio lotado, torcida que canta e vibra, final de campeonato. Imagine um atleta prestes a cobrar um pênalti, e segundos antes da cobrança é tomado por uma ansiedade incontrolável. Em momentos como esse, um bom conhecimento sobre sua capacidade emocional seria determinante para aumentar/reduzir a chance de uma cobrança bem feita e, quem sabe, ganhar o campeonato.


A psicologia sempre buscou compreender o indivíduo em sua totalidade, e para isso surgiu ainda nos anos de 1920, com os primeiros laboratórios de Psicologia do Esporte, afinal a cultura esportiva já se apresentava como um universo “a parte”. De lá para cá muita coisa mudou, mas a psicologia sempre se manteve próxima, observando, testando, evoluindo...


Evoluiu. Cresceu. Amadureceu. Atenta às necessidades de diferentes praticantes de atividades físicas, a psicologia não se restringiu ao atendimento de atletas de elite, profissionais que detém no esporte sua profissão. Fomos para além, buscando ajudar atletas de todas as idades, portadores ou não de deficiências físicas ou mentais, pessoas de terceira idade e até praticantes de atividades físicas por lazer.


Como toda ciência, a psicologia do esporte possui técnicas e métodos precisos e potentes para lidar com múltiplas questões que podem ou não surgir no dia a dia do praticante de atividades físicas, como por exemplo:

· Percepção;

· Concentração;

· Tomada de decisão;

· Motivação;

· Emoções;

· Lesões;

· Overtraining (ou excesso de treino);

· Planejamento de carreira esportiva, etc.


A prática de atividades físicas já ultrapassou a barreira das “4 linhas”, sendo muitas vezes ferramenta de transformação social, além de auxiliar na reabilitação física e mental de seus praticantes. Os benefícios são múltiplos, e a prática adequada de atividades físicas acompanhada de atendimento psicológico é capaz de aprimorar a saúde mental e qualidade de vida de qualquer indivíduo


Há diversas maneiras possíveis para se sentir melhor. Corridinha pela manhã para começar bem o dia, pedalada para o trabalho para economizar uns “trocados” e tomar aquele sol, treino de dança para relaxar, sessão de terapia para falar “o que vier a mente” sem ser julgado. Como você escolhe cuidar de você mesmo?


SAMULSKI, Dietmar. Psicologia do esporte: conceitos e novas perspectivas. Manole, 2009.

 
 
 

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