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Tripé da Psicologia: Uma abordagem profissional

  • Foto do escritor: Raphael Pinheiro
    Raphael Pinheiro
  • 16 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Muitas pessoas contam com um ou mais conhecidos em suas vidas que atendem por um papel importante em momentos de tristeza, solidão ou desabafo, afinal, quem não gosta de ter alguém próximo de nós enquanto sofremos? Esforçados, buscam nos acolher da maneira que podem, por meio de palavras, gestos e afagos.

Já ouviu aquele ditado “se conselho fosse bom não se dava, se vendia”? Pois é, até mesmo a ajuda do seu amigão de todas as horas pode não ser o bastante, e esse texto buscará diferenciar a ajuda que seu amigo é capaz de dedicar a você do trabalho de um psicólogo a partir do tripé fundamental da psicologia.

1. Embasamento teórico: Como seu amigo compreende um trauma vivido? Quais são as técnicas que ele utiliza para reduzir sua ansiedade? Ele é capaz de diferenciar uma tristeza momentânea de um quadro melancólico ou depressão? O embasamento teórico fundamenta a prática psicológica como ciência capaz de explicar tanto os fenômenos psíquicos presentes no sujeito, mas também quais técnicas e intervenções seriam aconselháveis naquele momento. Seu amigão tem um lugar importante quando pensamos em alguém para desabafar, mas não como alguém capaz de ressignificar sua história de maneira segura e estruturada;

2. Supervisão técnica: sim, nós psicólogos também podemos ter dúvidas quanto ao direcionamento dado durante o tratamento, e isso tem explicação: diferentemente de computadores que trabalham sob modelos matemáticos, bastando uma nova configuração para que voltem a funcionar, o sujeito que realiza psicoterapia é único em sua história e em seus valores. Assim, enquanto estamos nos aprofundando e estudando o caso clínico de nossos pacientes, eventualmente precisamos da supervisão de um outro psicólogo (mais experiente) que possa nos auxiliar na melhor compreensão do caso. Seu amigo ou familiar pode te dizer algumas palavras que, para ele, irão te confortar, porém quando pensamos no respeito à individualidade humana, o que eu penso para mim não necessariamente fará bem a outra pessoa. Neste sentido a supervisão técnica nos permite falar o que deve ser dito, na hora certa e com objetivo claro, mesmo que por vezes o paciente possa sair do atendimento ainda sem todas as respostas para seus dilemas.

3. Terapia pessoal: Assim como você, nós psicólogos também somos feitos de carne e também sofremos, cabendo ao seu terapeuta buscar atendimento psicológico para si próprio. Para que possamos promover saúde mental aos nossos clientes, devemos estar com nossas questões pessoais bem resolvidas e em constante manutenção, pois seria terrível misturar os problemas do paciente com os do psicólogo. Sendo assim, não basta que seu “ombro amigo” faça psicoterapia – e se fizer, parabéns para ele! – pois ainda sim faltarão as outras duas pernas do tripé fundamental.


Agora que você entende um pouco mais sobre a preparação necessária de um psicólogo para realização de um atendimento eficaz, te proponho a pensar de que forma uma escuta profissional poderia ajudar você a compreender com mais clareza seus dilemas, comportamentos e afetos.


Caso queira saber mais sobre o que é a psicoterapia e seus benefícios para a saúde mental, clique aqui.

 
 
 

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Atenção: Este site não oferece tratamento ou aconselhamento imediato para pessoas em crise suicida.
Em caso de crise, ligue para 188 (CVV) ou acesse o site www.cvv.org.br. Em caso de emergência, procure atendimento em um hospital mais próximo.

©2020 por Raphael Pinheiro.

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